Equipe da Universidade de Groningen, na Holanda, criou um falcão robótico para ajudar na prevenção de acidentes aéreos causados por pássaros.
Anualmente, colisões entre pássaros e aviões custam à indústria da aviação mais de um bilhão de dólares devido a aeronaves danificadas, atrasos e cancelamentos de voos em todo o mundo. Só no ano de 2021, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas registrou perdas de mais de R$100 milhões.
Atualmente, as equipes de gerenciamento da vida selvagem dos aeroportos empregam uma série de métodos para dispersar bandos de pássaros, como drones e aves de rapina, na tentativa de assustar as aves que ficam próximas dos aeroportos. No entanto, criar e treinar falcões, por exemplo, não é exatamente barato, e as aves podem ser difíceis de controlar.
Agora, uma equipe da Universidade de Groningen, na Holanda, desenvolveu uma ave de rapina artificial, para tentar resolver o problema. Inspirado na que é considerada a ave mais rápida da Terra, o falcão peregrino, o modelo feito de fibra de vidro e polipropileno é controlado do solo e pode transmitir imagens ao vivo de seu voo.
O grande e poderoso RobotFalcon já provou ser altamente eficaz em manter as aves afastadas. Em testes de campo na Holanda, todos os bandos foram dispersados com sucesso em apenas cinco minutos depois da ave robô ser lançada, com 50% dos locais completamente limpos em 70 segundos. Quando comparado com um drone, o RobotFalcon, foi considerado superior já que os veículos aéreos conseguiram eliminar apenas 80% das aves no mesmo período de tempo.
O RobotFalcon, além de afugentar bandos de pássaros dos campos imediatamente, também os manteve livres dos bandos por horas. Mas, algumas coisas ainda devem ser ajustadas na ave robotizada. Os testes apontam que existem limitações, já que o robô precisa ser dirigido por pilotos treinados, seus voos não podem ocorrer durante chuva ou vento forte e, a vida útil de sua bateria é curta, somente 15 minutos.